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Mostrando postagens de 2011

Doze anos sem o saudoso mestre e amigo, Plínio Marcos, grande bruxo e destemido repórter das quebradas do mundaréu

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Por mais que as cruentas e inglórias Batalhas do cotidiano Tornem um homem duro ou cínico O suficiente para fazê-lo indiferente Às desgraças e alegrias coletivas, Sempre haverá no seu coração, Por minúsculo que seja, Um recanto suave Onde ele guarda ecos dos sons De algum momento de amor já vivido. Bendito seja Quem souber dirigir-se A esse homem Que se deixou endurecer, De forma a atingi-lo No pequeno porém macio Núcleo da sua sensibilidade. E por aí despertá-lo, Tirá-lo da apatia, Essa grotesca Forma de auto-destruição A que por desencanto Ou medo se sujeita. E por aí inquietá-lo E comovê-lo para As lutas comuns da libertação. O ator tem esse dom. Ele tem o talento de atingir as pessoas Nos pontos onde não existem defesas. O ator, não o autor ou o diretor, Tem esse dom. Por isso o artista do teatro é o ator. O público vai ao teatro por causa dele. O autor e o diretor só são bons na medida Em que dão margem a grandes interpretações. Mas o ator deve se conscientizar De que é um cristo

Vida das garotas de programa passa longe do glamour das telas

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CARLOS MINUANO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Fotos: Eduardo Fahl No cinema ou na literatura, a coisa até parece fácil e divertida. Mas, na real, a vida de uma garota de programa passa longe do clima de videoclipe do sucesso de bilheteria "Bruna Surfistinha". Há duas semanas em cartaz, o filme foi assistido por mais de 1 milhão de pessoas. O longa é inspirado no livro "O Doce Veneno do Escorpião" (Panda Books), que relata as experiências de Bruna, codinome de Raquel Pacheco, 26, que viveu como garota de programa dos 17 aos 21 anos. O filme de Marcus Baldini, com Deborah Secco como Bruna, parece uma peça publicitária, mas traz um pouco do lado B da prostituição. Caso da passagem da personagem pelo chamado "baixo clero" dos bordéis, ou o famoso "vintão" -nome e preço do programa. O longa e a história real de Bruna mostram também como tudo pode começar a partir de uma brincadeira: na cena inicial, Deborah Secco encarna uma lolita que despe sua camisola vi

Entre tapas e beijos - Edição 43 - (Fevereiro/2011) - Revista Brasileiros

Entre tapas e beijos - Edição 43 - (Fevereiro/2011) - Revista Brasileiros

Revista Fórum

Revista Fórum Segue reportagem sobre a aldeia Itapoã, em Olivença, Ilhéus, sul da Bahia. Estive lá em 2008, época em que os conflitos em torno da questão das terras ocupadas pelos índios estavam apenas começando. Hoje completam sete dias que a líder indígena desta comunidade, Cacique Valdelice, foi presa pela polícia federal. Outro duro golpe na luta deste povo foi a suspensão do processo demarcatório do território Tupinamba.

Mestres do arrasta-pé embalam Festival Internacional da Sanfona em Juazeiro, BA

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Carlos Minuano, para a revista Brasileiros Há tempos, Dominguinhos não viaja mais de avião. Ele não entrega se foi algum susto ou uma turbulência temerosa, diz apenas não querer mais. E como faz para tocar na Europa? Pergunto. "Não vou", responde com um sorriso tranquilo no rosto. "Ou vou de navio", acrescenta o mestre sanfoneiro, com toda a simpatia que lhe é peculiar, apesar do visível cansaço. Na noite anterior, o consagrado forrozeiro havia chacoalhado a pacata cidade de Juazeiro, na Bahia, com um arrasta-pé pra lá de arretado. Nem por ar, nem por mar. Para participar da segunda edição do Festival Internacional da Sanfona, Dominguinhos foi é por terra mesmo. De São Paulo, onde mora atualmente, até Juazeiro, o pernambucano de Garanhuns encarou uma longa estrada de carro. Mas diz que valeu a pena. "É bom encontrar velhos amigos e conhecer outros artistas que estão descobrindo novos horizontes." Entre os antigos companheiros que Dominguinhos reviu estava