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Mostrando postagens de 2013

Copa do Mundo ameaça calendário de festivais de cinema em 2014

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A Copa do Mundo de 2014 está tirando o sono dos organizadores de mostras e festivais de cinema. Há um temor de que o calendário esteja em risco por causa da fuga do patrocínio de empresas que querem priorizar os investimentos no mundial de futebol, que acontecerá em junho e julho no Brasil. Entraves burocráticos em convênios com o MinC (Ministério da Cultura) e o pleito eleitoral que acontece no próximo ano agravam ainda mais o ambiente de crise. A atual conjuntura só piora o que já estava ruim, afirma Adriano Lima, organizador do Curta Canoa (Festival Latino-americano de Curtas Metragens) e integrante da diretoria do Fórum de Festivais. A edição deste ano do evento, que acontece há nove anos em Canoa Quebrada (CE), teve duas datas adiadas e foi realizado na última semana de novembro, com metade dos recursos previstos e programação esfaqueada. "Quase não conseguimos fazer", disse ele ao UOL. Lima lamenta a redução na programação. "Tivemos que ficar no básico, quase

"Guia Politicamente Incorreto" propõe jogar tomate na história ultrapassada

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Carlos Minuano Do UOL, em São Paulo Bomba! Dinamite pura! A história errou. E errou feio. Pacifistas famosos como Dalai Lama, Gandhi e Madre Teresa estão mais para vilões do que para símbolos da paz mundial, o capitalismo é melhor coisa que aconteceu no mundo, sobretudo para os pobres, a bomba de Hiroshima salvou milhões de japoneses, e grandes tiranos, como Hitler e Mussolini, são na verdade comunistas sem vergonha. E (quase) tudo é culpa de Marx. Essas e outras revelações bombásticas estão no recém-lançado "Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo" (Editora Leya), do jornalista Leandro Narloch. Do império romano aos fascistas do atual cenário politico brasileiro, o livro propõe "jogar tomates nas versões ultrapassadas da história". O imperador Nero, por exemplo, apesar de mais conhecido por sua crueldade e libertinagem, de acordo com a pesquisa de Narloch, foi um injustiçado. O jornalista desmascara ainda os fascistas da atualidade. Boa parte dele

Quase parceiros

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Carlos Minuano Uma história pouco conhecida de Leminski é sobre sua 'quase' parceria na canção "Tô Tenso", dos irmãos Arrigo e Paulo Barnabé e Itamar Assumpção.  Paulo Barnabé conta que depois que se tornaram amigos em um boteco de Curitiba, e de se encontraram depois em shows e lançamentos de livros, ligou para o poeta em Curitiba para pedir uma ajuda.  "Estava escrevendo a música e passei a ele a letra, queria ela mais comprida", explica. Depois de uns dias Leminski mandou o complemento, que segundo Paulo Barnabé ficou muito bom. Mas o trecho acabou não sendo usado.  "Infelizmente eu perdi o papel. Naquela época não tinha internet, ficou difícil falar com ele sobre isso novamente, acabei deixando pra lá", justifica.  Outro lado de Leminski, desconhecido do grande público, é o período em que ele e a companheira, a poeta Alice Ruiz, escreveram roteiros de história em quadrinhos para a editora Grafipar de Curitiba.  Parte

Mais pop que "50 Tons de Cinza", livro apresenta Leminski complexo à geração do Facebook

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Carlos Minuano Do UOL, em São Paulo Feito raro num país que dá pouca bola à literatura, Paulo Leminski é pop. Morto em junho de 1989, aos 44 anos, os versos do escritor e jornalista paranaense circulam há décadas em agendas e cadernos de estudantes e, hoje, encontram terreno fértil também na internet, sobretudo em redes sociais como o Facebook. Um dos poemas mais populares na rede diz o seguinte: "Isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é ainda vai nos levar além". E é para além do universo de citações fáceis - e muitas vezes descontextualizadas ou incorretas - que uma série de lançamentos e projetos futuros, incluindo livros, filmes, discos e site, pretende levar a obra do autor descrito por Caetano Veloso como "concretista beatnik", por Haroldo de Campos como "polilíngue paroquiano cósmico" ou simplesmente como "samurai malandro", por Leyla Perrone-Moisés. Recém-publicado pela Companhia das Letras, "Toda Poe

Conferência nos EUA sobre ciência psicodélica destaca uso da ayahuasca

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Carlos Minuano Do UOL, em São Paulo Chá ayahuasca [foto: Caio Guatelli/Folhapress] Ecstasy contra estresse pós-traumático, LSD para dor de cabeça, psilocibina no tratamento do tabagismo. Uma antiga utopia de hippies e alternativos sessentões se tornou realidade. Depois de décadas de perseguição, os alucinógenos estão na mira de cientistas do mundo do todo, interessados no possível potencial dessas substâncias para tratamentos diversos.  Esse novo cenário é o tema da segunda edição da conferênciaPsychedelic Science, que começou na quinta (18), em Oakland, na Califórnia, e termina nesta segunda (22). A conferência reúne mais de 100 dos principais pesquisadores de 13 países, que apresentarão as descobertas mais recentes sobre os benefícios e riscos de diferentes substâncias psicoativas, como ibogaína (que faz o usuário sonhar acordado), ketamina (anestésico veterinário) e maconha. As palestras e workshops deram destaque para estudos sobre o potencial terapêutico

Psiquiatra leva pacientes em barco para expedição terapêutica na floresta amazônica

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Carlos Minuano Do UOL, em São Paulo "Seu filho foi atacado pelo curupira?!", indaga o experiente psiquiatra Wilson Gonzaga, sem disfarçar a enorme interrogação estampada em seu semblante. "Esse animal que você descreveu não poderia ser um macaco?", sugere o médico, descrente da história fantástica que acabava de ouvir. O caso singular foi contado por um casal de ribeirinhos que o procurou em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), localizada na distante Manicoré, a 434 km de Manaus.  O problema insólito envolvia um garoto que apresentava sintomas de distúrbios mentais, segundo os pais, após o suposto encontro com o ser mitológico, que de acordo com a lenda, adora assustar criancinhas. "Doutor, toda a minha família é do mato, eu também cresci no meio da mata, a gente sabe o que é um macaco", respondeu o pai do menino, indignado com o questionamento do médico, que havia acabado de chegar à comunidade. Desde 2008, Wilson Gonzaga presta ate

[Carnaval 2013] "Já tropecei várias vezes", diz Lívia Andrade sobre sambar na chuva

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Carlos Minuano Do UOL, em São Paulo Lívia Andrade no camarote da Brahma [Carlos Minuano] O começo da primeira noite no camarote da Brahma, no Sambódromo de São Paulo, não estava muito animador na noite desta sexta (8). Muita chuva e poucas celebridades. Fotógrafos e repórteres disputavam quase a tapa algum famoso. A professorinha da novela "Carrossel" (SBT) Lívia Andrade chegou mudando o clima. Cheia de sorrisos, contou que já passou muitos apuros na avenida por causa de chuva, mas mesmo assim não abre mão da folia. "Teve uma vez desfilando pela Gaviões que tropecei várias vezes, fui caindo e levantando do começo ao fim". A culpa segundo ela foi da sandália de acrílico, e das solas de borrachas que simplesmente soltaram. "Improvisei uma coreografia e fui fingindo até o final". Neste ano promete fazer bonito na avenida, mas por via das dúvidas trouxe um par reserva. "Melhor garantir, né?".  Lívia desfilou no sábado, 9. 09/02

Símbolo dos anos 70, "Laranja Mecânica" ganha nova edição

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Carlos Minuano Do UOL, em São Paulo Capa do ilustrador Pedro Inoue para edição comemorativa de 50 anos do clássico de Anthony Burgess, "Laranja Mecânica" Ícone da cultura pop, o livro "Laranja Mecânica", do escritor inglês Anthony Burgess, completou 50 anos. A saga perturbadora e ousada do anti-herói Alex DeLarge, líder de um grupo de adolescentes arruaceiros, ganhou uma merecida homenagem para celebrar a data. Uma edição especial de luxo e capa dura, com material inédito do autor e ilustrações de Angeli, Dave McKean e Oscar Grillo. A nova edição brasileira lançada pela editora Aleph permite um olhar mais profundo sobre umas das ficções mais importantes da cultura britânica. O recheio principal é o texto original de Burgess, com tradução competente de Fábio Fernandes. O responsável por restaurar a história linha a linha, com base nas primeiras edições, foi o diretor da Fundação Anthony Burgess, Andrew Biswell, organizador da edição especial inglesa, publicad

Promessa de cura para doenças, 'vacina de sapo' está na mira da Policia Federal

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Carlos Minuano Do UOL, em São Paulo Foto: Polícia Federal/Divulgação A chamada "vacina de sapo" usada por povos indígenas da Amazônia está na mira da Polícia Federal. A secreção extraída de um anfíbio local chamado de "kambô" ou "kampô" (Phyllomedusa bicolor) tem sido enviada para várias cidades do Brasil e do exterior - ela é vendida como suposta cura para as mais diversas doenças. Por falta de comprovação científica dos supostos benefícios à saúde, desde 2004, uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso, o comércio, a distribuição e a propaganda do kambô como medicamento fora das aldeias. De olho no crescimento do comércio e exportação ilegal da secreção do sapo amazônico, a Polícia Federal (PF) desenvolveu uma nova tecnologia que pretende coibir a biopirataria da substância. Segundo informou a PF, por meio de sua assessoria, a caracterização do crime esbarra na dificuldade de identificação imediata do produto

Livro define "BBB" e outros reality shows como ritos de tortura

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Carlos Minuano Do UOL, em São Paulo Uma mulher desperta em um quarto com um aparelho em sua cabeça que, se não desarmado a tempo, se abrirá, rompendo sua mandíbula e vergando seu crânio ao avesso; ao seu lado um homem desmaiado. Em um monitor de TV, uma voz lança o desafio: com um bisturi ela deveria abrir o ventre de seu companheiro de clausura e lá procurar a chave que desarma o aparelho. A cena descrita é da série de filmes de terror "Jogos Mortais", mas para a socióloga Silvia Viana, professora de sociologia na Fundação Getúlio Vargas (FGV), o roteiro se encaixa ao formato dos reality shows, como o "Big Brother Brasil", da Rede Globo, no ar há 13 anos. Em seu livro, que acaba de ser lançado, "Rituais de Sofrimento"(editora Boitempo, 192 págs., R$ 37), ela define o programa como um rito de tortura. A comparação entre o filme "Jogos Mortais" e o "BBB" não foi feita pela pesquisadora, mas por um participante do reality sho