A revolução social da Comuna de Paris
ARTE & HISTÓRIA (em quadrinhos) Durante dois meses, na França, a utopia de uma democracia proletária tomou o poder. Um álbum de quadrinhos com dois volumes, “O Grito do Povo - Os canhões de 18 de março” e “O testamento das ruínas”, de Jean Vautrin e Jacques Tardi, resgatam a revolução dos operários parisienses com ares de romance policial. Carlos Minuano – especial para Carta Maior O recente manifesto estudantil, ocorrido em Paris, contra a lei do primeiro emprego –classificada pela maioria como reacionária – reafirma uma tradição francesa: a das insurgências populares de rua. Um dos primeiros registros dessa tendência, um episódio que ficou conhecido como a Comuna de Paris, acendeu no país, entre março e maio de 1871, as chamas da justiça social que semearia no povo ao longo da história daquele país o sentimento libertário e a sede revolucionária que ainda ousa sonhar com um país onde exista de fato liberdade, igualdade e fraternidade. É louvável toda iniciativa de desfazer a cor