Para Serra, escola pública vai bem



O governo José Serra (PSDB) comemorou a melhora do ensino médio em SP; apesar de quase todas as escolas de ensino fundamental não atingirem a meta para 2008. O motivo da celebração é o índice de desempenho do ensino médio no Estado de SP (Idesp), divulgado nesta semana, que subiu de 1,41 em 2007 para 1, 95 em 2008. Quem tem filhos em escola pública, seja lá em qual série for, sabe que esses números são um embuste, e que falta um bocado para que se possa comemorar alguma coisa.

O fato mesmo, que não depende de indicadores, pois está escancarado há um bom tempo, é que o ensino público vai mal. Muito mal. Os problemas são vários, vão das deficiências de infra-estrutura, na maioria falta até papel higiênico, às falhas pedagógicas de um modelo jurássico de ensinar, que quase sempre apenas promove a evasão escolar ou no mínimo uma pseudo-educação.

De todo modo, a festinha de Serra pode contribuir para turbinar uma boa idéia que tramita em Brasília – coisa cada vez mais rara, vale lembrar. Trata-se de projeto de lei apresentado pelo senador Cristovan Buarque, propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, deputado, governador, presidente) seja obrigado a pôr os filhos na escola pública.

Difícil crer que a proposta avance, mas em meio a tanta bandalheira com dinheiro público só assim mesmo pra fazer chegar algum dinheiro na educação pública, aliás, seria pertinente também propor algo semelhante na área da saúde, oferecendo aos “nobres”representantes do país, o mesmo convênio médico utilizado pela grande maioria de seus “representados”, ou seja, o SUS.

Na imagem acima, a carta morte, do tarô de Marselha

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